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_ sábado, dezembro 31, 2005 _


fiz browse files a um utilizador do Soulseek e encontrei uma pasta com o nome "Russia gay porn" e outra com o nome "Pitchfork's top 50 single 2005".

João | 13:37 | 1 comments

'Odete'
quando João Pedro Rodrigues fecha o filme com a dedicatória aos pais, a letras brancas, e desata tudo a rir excepto o casal de meia-idade sentado ao meu lado, distraio-me a pensar na triste hipótese desse casal ser efectivamente a dedicatória do realizador.

gostei muito.

João | 02:26 | 3 comments

às 17h ainda de pijama pela casa porque é difícil ser cosmopolita debaixo de céu cinzento.

João | 01:17 | 0 comments

_ quinta-feira, dezembro 29, 2005 _



Moon in your room
What's the meaning of life?


Pop Dell'Arte hoje à noite, arriba! avanti.
João | 17:13 | 4 comments

acho que encontrei um sentido para a passagem de ano: poder dizer e ouvir dizer a palavra

flute.

João | 16:05 | 1 comments

hoje tinha na cabeça aquela música dos Mutantes - Ela é minha menina / Eu sou o menino dela / Ela é o meu amor / E eu sou o amor todinho dela. a sra do restaurante tratou-me por 'menino'.

João | 14:32 | 0 comments

_ quarta-feira, dezembro 28, 2005 _















end
João | 23:18 | 7 comments

I don't want to own anything until I find a place where me and things go together.
(Audrey Hepburn fala de logística na cinemateca)

João | 16:53 | 0 comments

_ terça-feira, dezembro 27, 2005 _


tinha uma ideia para este post. era sobre descarrilamentos, no sentido metafórico. mas depois interferiu-se a vontade de ir a pé até ao Chiado, com um disco dos Pinhead Society (que não tenho) e os phones nos ouvidos. assim se perderam as palavras para esse texto de sair da linha e perder o tino.

João | 17:41 | 1 comments

é só para dizer que
por causa da puta da neve artificial que o BES anda a atirar ao ar no Marquês de Pombal, ia tendo um acidente de carro.

João | 16:31 | 2 comments

teoria #3
a logística é importante.

João | 16:02 | 0 comments

_ segunda-feira, dezembro 26, 2005 _






João | 22:28 | 8 comments

destroy everything you touch
esta música é sobre lavar a louça, não me sabe bem na discoteca (começo a pensar em pratos e copos).

João | 14:31 | 3 comments

coisas de pós-natal

estou com aquela melancolia molengona que não é completamente desagradável. pelo trabalho não há quase ninguém, percorro a vastidão do open space e as poucas pessoas que vejo estão com ar de quem perdeu a esperança em alguma coisa, até mesmo o senhor que costuma ouvir o 'Hung Up' em repeat.

coisas de natal

a minha prenda preferida foi dada pela minha irmã, que devolveu o 'Grace' do Jeff Buckley, emprestado há coisa de pelo menos quatro anos. estou a ouvir o 'Lilac Wine'.
também sei dizer que o meu momento natalício preferido continua a passar-se dentro de mim, quando o chocolate amolece e o licor escorre para dentro da boca. uma imagem: cara inexpressiva e bochechas cheias. ou melhor: estão a ver a capa do 'If you're feeling sinister' dos Belle and Sebastien?, a rapariga com ar enfadado sentada no sofá com um livro ('The Law') ao fundo?


eu podia ser essa rapariga, mas em vez do livro, uma embalagem de Mon Cherri. tenho uma pilha de cinco caixas Mon Cherri para despachar.
João | 11:06 | 4 comments

_ domingo, dezembro 25, 2005 _


o meu novo amor é o Vicente

Vincent Delerm. música fechada dentro duma ideia de pop clássica com violinos e pianos. as letras são amor.

Veruca Salt Et Frank Black
Tu as dit "J'écoutais Veruca Salt et Frank Black"
J'ai pensé "Il faudrait lui offrir 10.000 maniacs""

Tu as dit "Ce portrait a quelque chose de balthusien"
J'ai pensé "Il faudrait faire un tour à Orsay demain"

Tu as dit "Je prenais le bus tous les soirs pour Clichy"
J'ai pensé "Il faudrait visiter la banlieue de nuit"

Tu as dit "J'étudiais en deuxième année Hervé Guibert"
J'ai pensé "Il faudrait traîner quelque temps chez Gibert"

Tu as dit "Autrefois j'ai pleuré avec un garçon"
J'ai pensé "Il faudra ne pas lui présenter Simon"
João | 23:35 | 0 comments

m ú s i c a
(e esta capa é suposto ser o 'Knife Play' dos Xiu Xiu)

João | 18:40 | 1 comments

só recebi oito smss de Natal.

João | 01:51 | 1 comments

o meu disco de natal foi o 'Silent Alarm' dos Bloc Party; o ano passado era o 'Anniemal' da Annie. a minha canção de natal foi a 'Confessions (nervous gender)' do The Soft Pink Truth - Jesus was just like me, Jesus was just like me...; o ano passado era a 'Christmas with Jesus' do Josh Rouse.

João | 01:32 | 0 comments

_ sexta-feira, dezembro 23, 2005 _


para anexar ao post de dia 20 de Dezembro, #2
ou you think it's like this but really it's like this. não é engraçado quando fazemos uma ideia do que é uma música e mais tarde descobrimos que não tem nada a ver? sobre este excerto no post do '5x2',

I met Ferdinand de Saussure on a night like this, on love he said "I'm not so sure I even know what it is" - I'm just a great composer, and not a violent man, but I lost my composure, and I shot Ferdinand.

tenho a dizer que pensava que o Ferdinando era o tal arquiduque cuja morte é apontada como trigger da primeira guerra mundial e nome daquela banda do 'Take me out'. visto que o Stephen Merrit canta I shot Ferdinand, pensei que fosse esse - Franz Ferdinand de Saussure, porque não? mas estava enganado. há o Franz Ferdinand e o Ferdinand de Saussure. fiz a pesquisa. o senhor doutor foi um linguista suíço que deu origem à ciência que hoje é conhecida como semiótica. não consta no Wikipedia que tenha sido atingido mortalmente pelos Magnetic Fields, mas há a coincidência de ter morrido em 1913, um ano antes do assassinato do Franz.


assim de repente inspirado pelo espírito do Saussure, diria que a expressão composta de 'linguista suiço' é 'linguiça'.
João | 13:21 | 0 comments

para anexar ao post de dia 20 de Dezembro, #1
estreou nas franças este mês o novo filme do François Ozon - 'Le temps qui reste'.


sinopse em franciu:
Photographe de mode, Romain (Melvil Poupaud), la trentaine, apprend soudainement qu’il n’a plus que quelques mois à vivre. Pas de faux suspense. Ozon situe la tension de son film ailleurs: comment le personnage va-t-il employer le peu de temps qui lui reste à vivre, comment va-t-il "gérer" sa mort ? Pudeur, solitude. La beauté poignante et dénudée de ce film est le secret que le spectateur partage avec le personnage principal et que tous les autres personnages ignorent, dans ce face-à-face laïc, pudique et solitaire avec la mort.
trailer aqui
João | 11:43 | 4 comments

mike diz: e o q é q tu queres po natal?
my own personal jesus como cantavam os depeche, missa e hóstia todos os dias, pensei.
marry xmas.

João | 10:26 | 1 comments

_ quinta-feira, dezembro 22, 2005 _


há qualquer coisa que me faz escrever posts depois de andar com um cigarro nos dedos e ar acabrunhado. no que a este post diz respeito, uma rua periférica do Parque Eduardo VII. gosto de passar por lá por causa dos coquichos, estão sempre com o bico no passeio. pensei então fazer um post com a seguinte frase
os meus galináceos preferidos são os coquichos

frase sem nexo e completamente a despropósito, nem sequer estou seguro de que 'coquicho' se escreva assim. mas depois lembrei-me de outra frase
a minha figura de estilo preferida é a metáfora

frase sem nexo e completamente a despropósito, esta dita pela Teresa, portanto mudei de ideias e vou escrever sobre a Teresa. não interessa se o nome é fictício ou real (por acaso é real), mas a Teresa disse isto atrás das casas de banho da Escola Secundária Dona Inês de Castro, em 1998, enquanto se partilhavam cigarros, e a Sandra, uma rapariga tão idiota quanto gira e que por acaso até é minha prima em vários graus (hoje fingimos que não nos conhecemos), disse
Ó Teresa és tão parva, só tu para teres uma figura de estilo preferida

era isto que se esperava da Teresa e era isto que se esperava da Sandra (esta não interessa).
a Teresa era a betinha e a marrona mor, mas entretanto, para surpresa de todos, começou a namorar com um rapaz muito irritante que já andava a fazer Matemática há décadas, e lá conseguiu entrar mais ou menos na dinâmica da escola. eu não gostava do rapaz, era tão parvo, era místico e fazia cenas com tarot. nem vou dizer o nome dele. sempre que os via juntos pensava para mim: não sei como é que ela aguenta. pois eis que uma bela noite, por acaso numa festa da discoteca Sunset, a Teresa embebedou-se e curtiu com uma rapariga. a relação com o rapaz acabou na pista de dança, eu fiquei muito feliz. no terceiro período lectivo assumiu-se como lésbica e entrou definitivamente na dinâmica da escola, mesmo a tempo de acabar o secundário com média de 19 valores (recebeu um prémio monetário e tudo) e entrar para filosofia na Clássica. eu passei para o 12º ano. o rapaz chumbou outra vez a Matemática. a Sandra desistiu da escola e foi trabalhar para a Modalfa.
no ano seguinte, o jornal da escola convidou a Teresa, no papel de melhor aluna do ano anterior, para escrever um texto sobre a experiência da Universidade. ela acedeu para dizer que estava muito feliz em Lisboa, e que olhando em retrospectiva, via a escola secundária como um 'espaço de desafectos'. acho que ninguém ligou muito a isto, talvez só os professores inteligentes, mas eu achei aquilo muito polémico e desenvolvi uma espécie de paixão platónica.

quando estava a pensar neste post na rua dos coquichos havia mesmo um sentido para contar o que estou a contar, mas, no caminho, acabei por esquecer. a falta de sentido estava a preocupar-me enquanto escrevia, porque agora a história da Teresa acaba e não há como esconder que isto não tem nexo e vem completamente a despropósito. não interessa. a Teresa já não me conhece nem sabe que tenho este blog, por isso acho que não faz mal. em minha defesa posso argumentar que se me lembro de duas frases que ela disse em 1998, a da metáfora e a dos desafectos, tenho alguns direitos sobre a sua biografia. eu estava lá, eu lembro-me.

para terminar. descobri há poucos dias com muito horror que o rapaz irritante que namorou com ela tem um perfil no gaydar. agora diz que é bisexual. cliquei logo naquele ícone do 'não gosto de ti'.
seja como for, o que me chateia é que se a Teresa em 1998 queria ter uma relação baseada em amores de concretização impossível, devia ter sido comigo. agora vejo-a muito irregularmente, uma vez por ano, no Natal. tenho a certeza que a vou encontrar este fim-de-semana no café do Sr Luís em Alcobaça. acenaremos a cabeça um ao outro num gesto de boa-educação. mas o que eu queria era ser amigo dela, sempre quis. olá Teresa.

João | 14:38 | 4 comments

Google 1. fiz uma pesquisa - 'Adélia Prado + coração de cadela' - mas não apareceu nada do que queria. perdi uma hora nisto. sendo assim cruzo os braços, não há post para ninguém.

Google 2. consulto os tracks do meu blog e verifico que alguém cá chegou ontem através desta pesquisa. lamento não ter nada útil. mas se ainda for a tempo, e como sou um rapaz prestável e simpático, gosto muito daquele do José Tolentino Mendonça:
Esses estranhos que nós amamos / e nos amam / olhamos para eles e são sempre / adolescentes, assustados e sós / sem nenhum sentido prático / sem grande noção da ameaça ou da renúncia / que sobre a luz incide / descuidados e intensos no seu exagero / de temporalidade pura // Um dia acordamos tristes da sua tristeza / pois o fortuito significado dos campos / explica por outras palavras / aquilo que tornava os olhos incomparáveis // Mas a impressão maior é a da alegria / de uma maneira que nem se consegue / e por isso ténue, misteriosa: / talvez seja assim todo o amor

João | 12:08 | 2 comments

O imperativo serve como modo de manifestar ordem ou apelo à concretização da acção, sendo utilizado em apenas duas pessoas, a 2.ª do singular e a 2.ª do plural. O modo conjuntivo, que tem todas as pessoas verbais e todos os números, supre aquelas que o modo imperativo não tem, tanto para exprimir a ordem como a proibição. E note-se que o imperativo é indeterminado no tempo. Como é usado para incitar à acção, supõe-se que a acção ainda não se realizou e, se vier a realizar-se, será posteriormente à emissão da frase. De certa forma, o imperativo apresenta um futuro implícito.


agarra-me pelo colarinho

(no modo imperativo)
João | 00:33 | 5 comments

_ quarta-feira, dezembro 21, 2005 _


e dito isto,


digo eu que as pessoas objectivamente bonitas são uma seca. o ideal é estar quase lá. se não, reparem no nariz da Valeria na pic abaixo e digam se não é muito mais bonita que a irmã top-model. claro que é. porque um certo atrito, uma certa entropia, digamos, na beleza física de uma pessoa, é supa sexy.
e tenho dito.

João | 13:23 | 5 comments

_ terça-feira, dezembro 20, 2005 _



tenho uma relação estranha com a obra do François Ozon. gosto moderadamente dos filmes no próprio dia, mas preciso de algumas semanas ou meses para gostar muito. o que acaba eventualmente por acontecer. um belo dia acordo e já está. neste momento gosto muito de todos os filmes do François Ozon, mesmo das cantorias pueris do '8 femmes'.


a propósito do filme que há-de estrear, venho aqui fazer uma declaração de amor ao anterior, '5x2', do qual não tive grande primeira impressão. o formato trás-para-a-frente pareceu-me um artifício espertinho para dissimular um argumento banal, tomando partido de uma corrente que valoriza a inovação formal em detrimento da estória. muita porcaria vi à custa destas inovações formais, e inclusive, até acho que não é por acaso que o Clint Eastwood, enquanto realizador clássico assumido, tem sido tão aclamado (ou sobrevalorizado). as pessoas estão a rebelar-se contra a procura gratuita de novas fórmulas (e eu com elas).
mas as primeiras impressões valem o que valem, seria injusto incluir '5x2' nessa categoria. aliás, o que gosto mais no filme é uma certa visão moralista sobre as relações amorosas, permitida precisamente pelo exercício da inversão temporal - porque é que o fim tem de ser mais importante? porque é que na putativa pós-relação com um ex-coiso, os rancores do fim se sobrepõem? porque é que não somos boas pessoas?


François Ozon consolida o amor (a última vez que escrevo esta palavra juro) num ponto impossível, o início. por isso é que é bonito e moralizador. é óbvio que não há boas pessoas, nem boas relações, mas a ideia é bonita. acho que '5x2' é um feeling good movie. começa denso e visceral, acaba leve.
e os actores habitam esta história tão bem. a Valeria Bruni-Tedeschi tem um rosto que não se esgota, é a minha actriz francesa preferida. e o Stephen Freiss, com barbicha no primeiro/último bloco, está fofinho - fofinho pode ser uma coisa sexualmente atractiva, (e bruto, cof cof, esforço de concentração outra vez).


recuando a 'Swimming Pool', lembro-me que a Ludivigne Sagnier ligava a aparelhagem para dançar uma música tecno-chunga onde uma voz ofegante repetia Let's do it! Let's do it!, contra o visível desconforto da Charlotte Rampling. uma cena excelente de tensão erótica. aqui a música equivalente é do Paolo Conte, chama-se 'Sparring Partner'. ao som desta música, Valeria Bruni-Tedeschi dança com um ragazzo latino de copo de vinho na mão, levemente embriagada, enquanto os respectivos companheiros de um e outro observam a dança no sofá. é a minha cena de tensão erótica preferida de todo o filme, a minha música preferida.


conclusão: não há epidurais afectivas para os finais amorosos, mas o início é porreiro. agora punha aqui a letra do Tempo de Nascer dos Ornatos Violeta se existissem (update) letras dos Ornatos Violeta na net. improviso com a 'Ferdinand de Saussure' dos Magnetic Fields, que também estive a cantarolar mentalmente enquanto escrevia o post - na na na na.
I met Ferdinand de Saussure on a night like this, on love he said "I'm not so sure I even know what it is" - I'm just a great composer, and not a violent man, but I lost my composure, and I shot Ferdinand.
João | 19:19 | 5 comments

1. quem matou o António Paiva Calado?
2. em que dia começam os saldos?
duas das grandes questões da actualidade. a primeira será respondida dentro de alguns minutos.

João | 18:53 | 19 comments

_ segunda-feira, dezembro 19, 2005 _


um postzinho só para abrir a semana
acordei com vontade de ficar na cama.

João | 10:38 | 5 comments

_ domingo, dezembro 18, 2005 _


m ú s i c a
João | 16:19 | 2 comments

_ sexta-feira, dezembro 16, 2005 _




ontem fiquei-me a ver este filme que apanhei por acaso no canal Hollywood. chama-se 'The last days of disco' e é sobre isso mesmo.
resumo: grupo de cinco amigos nos late seventies que ainda gostam de disco numa altura em que o género implode. final: a discoteca onde se encontram para dançar vai à falência, acabam todos desempregados. gostei muito.

e é daqueles com milhentos diálogos fixes:
rapaz - A lot of people won't take no for an answer. I wanted you to know that I'm not one of them. I can be discouraged.
rapariga - No.
rapaz - Are you serious?
João | 19:01 | 2 comments

no trabalho:
a mãe telefona à filha para ir buscar o irmão à escola. pelo que se pode ouvir deste lado, a filha recusa-se a tal feito, está na hora dos Morangos. a mãe sai. volta passado uma hora com uma criança. de cinco em cinco minutos telefona à filha:
Estás a ver os Morangos? Espero que não, estás proibida.

1º dia de trabalho. ainda estou naquela fase de ficar fascinado pelas pessoas.

João | 18:01 | 1 comments

_ quinta-feira, dezembro 15, 2005 _


:-)
João | 20:11 | 6 comments


No reference
No consequence
No commitment
Non existent
Lovely you
I think of you


*
My inspiration came from the longing I carried around as a child, longing for the future, for someone to find me, for magic to descend upon my life and transform everything. The film drew also from how this longing progressed as I became an adult, slightly more fearful, more contorted, but no less hopeful.
**
A partir da 2ª ou 3ª linha o uso recorrente do "Eu" foi prepositado porque reparei que estava a pensar em mim.
***
Yesterday was dramatic, today is almost ok.
****
Eram o número 12 e beberam chá.
*****
He's stating the obvious in a painful, needlessly detailed way, while I'm tripping on my own adrenaline, on the edge of the seat, refraining myself from shouting: "get on with it!". I should have signed up for something more physically demanding.
******
Nunca caíram de muito alto de uma esperança, por isso não se quebraram, mas estão amachucadas e já demasiado estragadas para a vida.
*******
I feel like i have just solved a giant mystery.
********

se me ponho a ler quando estou com sono acontecem coisas engraçadas. leio várias vezes a mesma frase para perceber, várias vezes, até que me esqueço do resto e a frase começa lentamente a ganhar o seu sentido. salto linhas, descontextualizo parágrafos, isolo significados, penso numa ideia, desisto a meio. de certo modo as leituras ensonadas não são completamente inúteis.
eis a razão destes excertos descontextualizados. não há referência, as pessoas também escrevem para serem lesadas nos seus direitos autorais.
esqueçam.
João | 15:02 | 4 comments

então é assim
hoje é dia de auto-avaliação aqui no estaminé. nos pontos a melhorar substituí 'mais proactividade' por 'dar mais visibilidade ao trabalho realizado'. tudo é um ponto de vista. podia dar o link deste blog nos pontos fortes.

João | 11:14 | 1 comments

_ quarta-feira, dezembro 14, 2005 _


fim de ano é também altura para fazer o political compass:

Economic Left/Right: -4.25
Social Libertarian/Authoritarian: -4.87

isto deve ser lido como estando 4.25 pontos à esquerda do centrão, e idem aspas para o eixo libertário/autoritário, em gráfico cartesiano com domínio [-10,10] para ambos os eixos.

parece que sou da esquerda liberal (e não, como alguém concluiu em tradução apressada, da esquerda libertina). fiz o mesmo teste há exactamente um ano atrás e na altura era ligeiramente menos esquerda (-3) mas ligeiramente mais libertário (-6). apesar de algumas perguntas parecerem demasiado EUA, apesar de algumas perguntas colocarem muitas questões limite sem margem para dúvidas de posição, acho que bate certo. a ideia que faço de mim mesmo é que pertenço aquela esquerda que lá no fundo no fundo acha o povo uma massa burra e estúpida - tipo esquerda caviar mas sem o dinheiro.
voto Soares.

João | 12:29 | 9 comments

_ terça-feira, dezembro 13, 2005 _


teoria #2
as desculpas misericordiosas, misericordiosas para quem as dá.

João | 16:01 | 3 comments

quando saí para almoçar cruzei-me com o Augustus, quando regressei cruzei-me com a Ana Salazar, com os dois exactamente no mesmo sítio. a não ser que esteja a decorrer aqui na zona um encontro anual de estilistas old school, esta coincidência diverte-me.
...
Welcome to the annual meeting of people who annually meet and we'll see ya'll next year.
desconfio que aqueles dois apareceram ali só para esta citação aparecer aqui, ou vejo-me na embaraçosa situação de ser uma pessoa que aparece em encontros anuais de estilistas old-school. eu que só sei coser meias e improviso naquela parte de rematar e dar o nó na linha.
...
aprendi eu sozinho a coser meias. e agora passo mentalmente para o tricot da minha tia Idalina. mais específico, vê-la tricotar uma camisola que eu haveria de perder numa visita de estudo ao mosteiro da Batalha. o fio vinha do novelo, passava na mão direita, depois por trás do pescoço e daí para o colo, onde com uma manobra rápida de polegares, a agulha da direita e a agulha da esquerda entrelaçavam tudo. estou a sentir-me um bocado Miguel Torga Das Retrosarias.
...
em breve a teoria #2, escrita a quente, publicada a frio.

João | 14:19 | 6 comments

este este este são os meus postais segredo preferidos da semana.

João | 11:37 | 3 comments

_ segunda-feira, dezembro 12, 2005 _


momento introspectivo do almoço: sinto-me mais consolado com um rumo para o final do dia do que com um rumo para a
vida.
para o final do dia ainda não surgiu nada. em relação à vida, por acaso até surgiu, doravante vou ter o Quarteto em consideração.

João | 14:55 | 0 comments

já estava farto do domingo.

João | 00:06 | 1 comments

_ domingo, dezembro 11, 2005 _


_ sexta-feira, dezembro 09, 2005 _



sobre a fonética do feminino no que respeita a palavras proparoxítonas ou esdrúxulas

a Professora Deolinda (que outro nome teria uma professora de escola primária salazarista em 1987?) ensinou-me um método quase infalível para acentuar foneticamente as palavras. é a técnica do chamamento. tomando como exemplo prático uma galinha, sabemos que o acento tónico da palavra encontra-se na penúltima sílaba - ó galiiiiiinha - pela forma como o i se estende na boca.
isto vem a propósito da palavra 'clítoris'. depois de uns copos em plena night fever, discutir a forma de pronunciar essa palavra tornou-se premente. é que como bem notou a R., a grande maioria dos portugueses pronuncia clitóris. um erro, um erro grave. até dá para fazer o trocadilho (a acentuação não é grave). na altura não partilhei a técnica infalível da Professora Deolinda, porque não me pareceu que alguém alguma vez me ouça chamar por essa palavra nas ruas do Bairro, mas fica o problema à atenção dos rapazes ou raparigas interessadas. é clítoris! cliiiiiitoris.

João | 15:15 | 5 comments

sempre que preciso de criar um novo endereço de e-mail e todas as hipóteses me são recusadas por estarem já registadas, apetece-me escrever a essas pessoas que tiveram a mesma ideia antes de mim. só fico indeciso entre

insultá-las

ou

perguntar se está tudo bem
João | 13:51 | 2 comments

_ quarta-feira, dezembro 07, 2005 _



desprovidos de olhos desprovidos de pigmentação esses que passam uma vida inteira na total escuridão em grutas vários metros abaixo do solo ou lá muito muito no fundo do mar,

dou por mim a pisar o último degrau do saber biológico,

eu se fosse vocês tinha medo de viver aí.
João | 16:06 | 6 comments

You weren't there that day for the naming of things *

dançar sem música no pequeno intervalo entre duas músicas. dançar uma música sem força de compromisso enquanto se decide se vale a pena ou não. devia ser inventada uma palavra para estas coisas.
* Andrew Bird, 'The naming of things'

João | 15:59 | 1 comments

_ terça-feira, dezembro 06, 2005 _


João | 17:18 | 8 comments

oh céus!, a Fernanda Câncio regressou finalmente ao Glória Fácil com um dois excelentes posts sobre a Igreja Católica.
e sim, naquela semana eu pedi à minha tia para comprar a Nova Gente em vez da Maria.

João | 16:42 | 1 comments

_ segunda-feira, dezembro 05, 2005 _



tenho uma colega de trabalho com um daqueles telemóveis polifónicos onde de vez em quando se ouve a música do 'Missão Impossível'. qualquer pessoa normal pensaria olha que irritante a música do 'Missão Impossível', mas eu limito-me a ficar tenso e alerta, e depois desiludido por a senhora não dar duas piruetas no ar e não lançar uma bomba de gás lacrimogénio para o chão.
isto da interacção dos telemóveis com o meio tem muito que se lhe diga. quando ainda andava na faculdade cheguei a programar a música do 'Like a Virgin' no meu Nokia 3310, e pessoas que não conhecia de lado nenhum passaram a rir-se para mim - principalmente raparigas adolescentes na estação de metro do Campo Grande. tentei então o 'All is full of love', mas não consegui acertar com o tom. fiquei-me pela terceira tentativa, que mantenho até hoje. é o 'Paranoid Android' dos Radiohead. acho que não chateia ninguém.

João | 16:44 | 5 comments

levantar-me mais cedo para fazer análises [edit: esta já está], tratar o arranjo do carro com a seguradora, marcar consulta no dentista, ver se o diploma já está pronto? amanhã, tudo para amanhã, ou para depois de amanhã. não me lixem a rotina com chatices mesquinhas se faz favor.
de resto não deixa de ser engraçado como consigo ter disponibilidade para os grandes problemas da existência mas nenhuma paciência para os pequenos problemas práticos - uma tendência a inverter no ano de 2006 se passar a acreditar em resoluções de fim de ano pelo menos.

João | 14:32 | 0 comments

_ domingo, dezembro 04, 2005 _


recuperação do '69 Love Songs' na viagem Lisboa-Alcobaça


Yes yes yes how deliciously meaningless
Yes yes yes it was beautifully meaningless
Yes yes yes definatively meaningless
Yes yes yes how incredibly meaningless
Yes yes yes unprecedentedly meaningless
Yes yes yes how infinitely meaningless

João | 15:40 | 1 comments

mas afinal quem é que matou o António?
a minha tia não sabe, os rapazes do chat não sabem, a Rita não sabe, a Silvana não sabe.
...
hoje à tarde vi um anúncio a uma boneca que se chama 'Katia Beijinhos'. é uma boneca que dá beijinhos. penso numa 'Katia Abraços'. 'Katia Dá Pontapés'.
...
ultimamente vejo televisão com o volume em off. deito-me no sofá, a ler ou com o portátil em cima dos joelhos, de vez em quando páro e olho para a cara das pessoas na televisão. agora o Arnold Schwarzeneger. já sei. vou procurar um livro.
...
Túlio disse-lhe que em virgem e sem ser em virgem gostava de ler a ouvir corridas de Fórmula 1 na televisão para levantar a cabeça do livro quando havia um desastre e ver o desastre então
...
a transcrição acima é um excerto de um poema de Adília Lopes que se chama 'A cópula'. leio o poema antes de acabar o post. o poema é sobre um rapaz que se chama Túlio e uma rapariga que se chama Maria Andrade.
...
quando estou cansado e com sono funciono por associações. faço muitos posts assim. uma ideia vai buscar outra. mas páro quando o encadeamento deixa de fazer sentido. por exemplo, agora não consigo deixar de pensar em 'We have a map of the piano' dos Múm. não na música, mas no nome da música. acho que isto não tem nada a ver com televisão, por isso páro aqui. vou dormir. amanhã quando acordar ouço esta música.

João | 03:01 | 6 comments

_ sexta-feira, dezembro 02, 2005 _



antes que fique por dizer: parabéns à Mondo Bizarre e aos seus escribas.
...
e o que se faz hoje? saca-se o 'Guero' remisturado (you could have it so much better com as remisturas); vê-se as modas no Saldanha (e outras coisas); ouve-se o cd da Rita Cardoso que a Rita Cardoso ofereceu ontem (uma pessoa vai ao Lounge em busca de Alter Ego e Tiefschwarz e apanha com uma equilibrista trôpega); lavam-se camisolas a 60º na ingénua esperança que encolham (mas com o 100% algodão não há nada a fazer); lê-se o jornal (o Harmony Korine foi quem escreveu a letra do 'Harm of Will'); faz-se festas na barriga do gato (cuja afectuosidade é só sinónimo de dá-me mazé comer ó esperto); escolhe-se roupa para sair (as sapatilhas amarelas outra vez). enquanto se espera que a pizza chegue a casa escreve-se um post. enfim, vive-se a vidinha. se.
...
nota: não sei a quem creditar a foto, mas desconfio que o autor seja um rapaz com óculos de massa que andava a documentar os passos de dança da malta.

João | 19:44 | 5 comments

estou a gostar muito deste disco. assim a quente, chamaria a isto melancolia blasé. para um feriado chuvoso.

João | 16:34 | 2 comments

este este este são os meus postais segredo preferidos da semana.

João | 16:09 | 3 comments