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__ terça-feira, janeiro 31, 2006 _há por aí uma polémica entre o José Mário Silva, o João Pedro George, o Pacheco Pereira, o Pedro Mexia, entre outros. "a crítica literária e a amizade". tenho acompanhado a discussão com desinteresse, mas hoje, à conta do blog do José Mário Silva, descobri o poema que segue: Lembra-te que na dúvida as pessoas não amam. Que antes da dúvida há muitos territórios e que nenhum deles é o amor. o autor do poema é o Nuno Costa Santos. pertenço a uma rede organizada que troca e-mails em horário laboral. a nossa média de idades ronda os 25 anos, discutimos com toda a seriedade assuntos como a dúvida, o amor, a astrologia, o compromisso, o sexo. serve-nos de catarse e potencia o auto-conhecimento, como forma de encontrar no interior de nós a solução teórica. tinha estado há minutos a apagar e-mails que dissertavam sobre aquilo. estava certo, mas se conhecesse este poema em Novembro teria sido mais fácil. antes da dúvida há muitos territórios e nenhum deles é o amor. esta parte é anti-Vespertine.
João | 17:17 |
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o Vespertine é um disco muito bonito, mas com uma mensagem quase impraticável, ouço-o apenas enquanto compromisso político e ético. a Björk defende a prática do unfold in a generous way, mas ninguém consegue atingir esse estado sem segurança de contrapartidas. reparo agora na coincidência, o disco tem um lado-b que se chama 'Generous palmstroke', eu dei o nome à minha conta no hotmail inspirado no título dessa música, palmstroke_jz (está ali no canto superior direito). tenho sempre de explicar que é uma referência ao generous palmstroke que só quer dizer 'aperto de mão generoso' e que é sobre a prática do unfold in a generous way e que é um lado-b da Bjork. a maioria das pessoas pensa que generous palmstroke é uma técnica rebuscada de masturbação masculina. _ segunda-feira, janeiro 30, 2006 _hoje de manhã, entre Caldas da Rainha e Torres Vedras, a auto-estrada continuava com neve. demorei três horas a chegar. foi chato, mas também foi giro, senti-me a Frances McDormand no 'Fargo' (a ouvir os Bloc Party).
João | 14:54 |
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há dias, na Oprah, vi um especial sobre gémeos monozigóticos. era especial porque um dos gémeos muda de sexo na vida adulta. uma pessoa deve ter opinião sobre tudo. João | 13:00 | 3 comments_ domingo, janeiro 29, 2006 _se for necessário fazer conversa, este blog não se importa de falar do tempo.
João | 18:51 |
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já viram o frio que está? e os olhos do Eric Banna, já viram os olhos? e a neve que caiu esta manhã em Alcobaça, estavam acordados para ver a neve? e a 'Tempestade de Gelo', alugaram esse filme em VHS no ano 1999? não se pode com este frio. _ sexta-feira, janeiro 27, 2006 _(la palisse) a vida pode ter tanto de determinista como de não-determinista. fiquei a pensar nisto depois de ler os dois primeiros parágrafos de um post que este rapaz (que só por acaso é muito giro e só por acaso parece o Justin Timberlake) escreveu a 24 de Janeiro às 15:38 algures em Filadéldia. qualquer coisa aconteceu, ou qualquer coisa não aconteceu. João | 16:03 | 1 comments _ quinta-feira, janeiro 26, 2006 _além disso, a vidinha neste momento no site da Pitchfork há um banner a piscar de uma banda que dá pelo nome Portugal.TheMan. mas a página oficial não é muito informativa, deve ser pró hype. edit: ai espera. afinal há qualquer coisa. Prepare to bear witness to the aurora borealis of electronic sound that is Portugal. The man. Hailing from the arctic wastelands of Alaska, these glacial hike hardened warriors craft a musical tundra unlike that heard in the sonic botulism of everyday life. Having met Jesus in upstate New York in the month of June of nineteen sixty-nine this quintet now knows future. Now lives the future. Portugal. The Man is: John Baldwin Gourley, Wesley James Hubbard, Zachery Scott Carothers, Jason Wade Sechrist, Jesse Cunningham.
João | 15:01 |
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devem ser uma porcaria. o fórum sons offline por 48 horas deixa-me comovido, teria escrito lá sobre os Portugal.The Man. _ terça-feira, janeiro 24, 2006 _estou a fazer a minha auto-avaliação anual e os itens a avaliar mais parecem a obra completa da Jane Austen. Sensibilidade Organizacional & Conhecimento da Indústria Maturidade, Atitude & Bom-senso Desenvolvimento & Partilha Decisão, Acção & Resultados Inovação Tecnológica & Criação de Valor (pus 100% em todos e nunca li nenhum livro da Jane Austen)
João | 23:31 |
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há exactamente um ano atrás escrevi 'estou optimista', contra as previsões de uma fórmula matemática estapafúrdia que definia o 24 de Janeiro como o dia mais deprimente do ano. ando em contra-ciclo, porque hoje é outra vez 24 de Janeiro, e volto a estar optimista. para ser mais preciso, o meu mood é parecido com um ponto de interrogação, que é a minha forma de ser optimista. ... tenho a impressão astrológica de que se fizer muita fé nas coisas que estão para acontecer, nada acontece. isto é outra teoria estapafúrdia, mas sempre senti isto - nos restantes dias do ano não sou optimista. as pessoas encontram a fé nos sítios mais estranhos. é a vida que faz a fé. ... a chama acende-se dentro do nosso mistério (que parvo). ... Life is a mystery. basta a palavra 'mistério' para me lembrar da Madonna. fui a um site especializado em orações pré-jantar (aquela coisa exótica que vemos nos filmes americanos) e gostei desta oração: we thank You for this food, bless it to our bodies. In the midnight hour I can feel your power Just like a prayer you know I'll take you there ... a Adélia Prado tem uma relação engraçada com deus. vou copiar um poema que é um elogio ao cú (em brasileiro não leva acento): De tal ordem é e tão precioso o que devo dizer-lhes que não posso guardá-lo sem a sensação de um roubo: cu é lindo! Fazei o que puderdes com esta dádiva. Quanto a mim dou graças pelo que agora sei e, mais que perdôo, eu amo. ...
João | 17:00 |
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brasíuuu. descobri duas bandas brasileiras com nome giro: os Cansei de Ser Sexy (CSS) e os Simpatia é Quase Amor. conheço a música dos primeiros, os segundos acho que são uma banda de axé. ... o pretzel que comi ao lanche era damn good. ... fui escrevendo este post ao longo do dia. _ segunda-feira, janeiro 23, 2006 _não sei qual a origem da expressão dar o benefício da dúvida. gostava de saber. é para beneficiar quem? e já agora, porque razão a expressão o prejuízo da dúvida nunca vingou? João | 15:07 | 4 comments_ quinta-feira, janeiro 19, 2006 _sobre as presidenciais ontem estive a ouvir o disco de reggae da Sinead O'Connor. teoricamente gosto muito da Sinead O'Connor. João | 15:16 | 2 comments_ quarta-feira, janeiro 18, 2006 _ódiozinho isto não surgiu como uma força violenta. primeiro foi a indiferença, depois a incompreensão, a antipatia, pequenos passos até chegar a um estado estabilizado de repulsa, o ódiozinho. este post é sobre a música 'Do you want to' dos Franz Ferdinand (como prometido), o meu ódiozinho musical do ano que finou. nem valeria a pena abordar o assunto se a música não fosse catchy e sing along, se muita gente não gostasse, mas é precisamente o contrário que acontece e isso piora tudo. You're so lucky, I'm gonna make you love me é fascinante o que uns copos e duas punch lines parvas conseguem fazer pela alienação das pessoas. fascinante. e como se não bastasse, o clip também me irrita. estão a ver o clip? aquele com a banda a invadir uma galeria de arte para troçar dos estereótipos? bem, acho isso uma grande estupidez. eu se tivesse uma banda rock espertinha fazia um videoclip resumido a isto: invadir o videoclip de uma banda que invade uma galeria, gozar com essa banda que goza com os estereótipos.
João | 15:24 |
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(pequena adenda ao post: quis o destino que me enviassem uma remistura do Max Tundra enquanto escrevia isto. o Max Tundra é um porreiro.) _ terça-feira, janeiro 17, 2006 _Oh Medusa kiss me and crucify _ domingo, janeiro 15, 2006 _ó blog, faz lá qualquer coisa por mim _ sexta-feira, janeiro 13, 2006 _ele há coisas estava a ver o videoclip dos Sigur Rós para o 'Glosoli' e lembrei-me do primeiro texto que li na vida. [tenho uma fotografia de turma da primária que queria mesmo scannar e anexar aqui, mas não sei onde está. tinhamos todo o ar de crianças do interior pobre e analfabeto, e garanto que isto aliado às roupas dos anos 80 dá uma bela fotografia. paciência.] eramos cinco na escola primária, e só tinhamos aprendido as vogais até ao 'i'. 'a', 'e', 'i'. bem, o primeiro texto que li foi na verdade uma banda desenhada. era assim: nas imagens, uma rapariga e um rapaz brincam na neve com um trenó, e o rapaz, com o trenó, passa por cima de um monte de neve, dá uma pirueta no ar. da rapariga sai um balão com três vogais eia do rapaz que cai no chão sai um balão com duas vogais ai ligámos as letras, uma de cada vez. eee + iii, eeeiii. iii + aaa, iiiaaa. eeeiiiaaa. no final a professora fez a sua própria leitura teatralizada. percebi que o eia era de exclamação e o ai era de dor. João | 21:46 | 4 comments _ quinta-feira, janeiro 12, 2006 _post do momento a minha vontade de trabalhar era tanta que auto-censurei todas as janelas de blogs e fóruns. imprimi o pdf. fiquei só com papel e caneta. nada mais me distraía. da girls don't wanna _ quarta-feira, janeiro 11, 2006 _saquei no fim-de-semana uma música dos Liars que se chama 'It fit when I was a kid'. ando viciado nos tambores desta música. o excerto de letra que é um bocado de mim esta semana segue em baixo estou a ouvir 'Take ecstasy with me' estou a ver 'Shameless' (gosto deste casal) _ segunda-feira, janeiro 09, 2006 _os saldos estão aí. e isto é outra coisa que nos livra da consciência aguda (além da Madonna Louise Ciccone). João | 16:13 | 1 commentsdepois dos olás, a primeira frase completa quando cheguei este fim-de-semana a Alcobaça foi consegues gravar-me a Madonna? quem perguntou foi a tia Idalina.
João | 15:19 |
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para contextualizar a importância histórica da frase, convém dizer que a minha tia só ouve música quando limpa a casa, e mesmo isto é muito raro, visto que a limpeza começa em absoluta coincidência com a transmissão matinal da missa. posso afirmar com 99% de certeza que, de há três anos para cá, este hábito apenas foi interrompido pelo hype dos três rapazes romenos do Dragostea e pelo Beto. a Madonna será a terceira força musical a quebrar a ligação doméstica com a Santa Igreja, durante um período que se espera não ultrapassar as duas semanas, após o qual a tia Idalina recuperará a consciência aguda de ser uma alma incapaz de concluir uma caminhada até Fátima (no distante ano de 1997). seja como for, Madonna, tu atingiste o auge. a sério. _ sexta-feira, janeiro 06, 2006 _(este blog oferece aos seus leitores um mash entre os GNR e os Charlatans) 3, 2, 1, 11 _ quarta-feira, janeiro 04, 2006 _como ela, também eu sou uma rapariga preguiçosa. acrescenta a isto a escassez de espírito arquivista: não guardo bilhetes de cinema, não me lembro de tudo o que ouvi este ano. por isso não faço listas nem rankings. mas diria que se fizesse, pelo menos, a de discos, estes que se seguem estariam nos dois primeiros lugares: (acontece-me muito esta contradição: sentir uma empatia qualquer que me faz desculpar o lado mau de uma coisa.) Shopgirl filme que se dedica à eterna lenga-lenga das pessoas que não sabem o que fazer da vida (o que já deve ter sido filmado umas 526 vezes nos útimos anos, esta é só a versão nº527), e que ainda por cima nunca chega a qualquer sentimento credível de angústia ou esperança no futuro. mas eu gostei. deste falhanço surge outra coisa que não sei bem explicar e que me agradou. uma espécie de sonambulismo que atravessa as personagens e que não se entende bem se é propositado ou não, porque esse sonambulismo atravessa não só as personagens como o próprio filme. ou seja, acho que aquilo que me agradou existe somente por incompetência do realizador - a resignação magoada surge porque o filme é frouxo (sonâmbulo) e não porque a rapariga é frouxa. filme que é sobre uma rapariga que é balconista incompleta e perdida e se chama Mirabelle. mas não há esforço para sair da crise nem grandes conversas para discutir o assunto, apesar de todos os clichés do género estarem disponíveis para isso. para Mirabelle há trabalho todos os dias da semana, e a espera por uma força exterior que se imponha e tome conta da vida, como magia. e isto foi o responsável pela empatia. de resto, as ilusões e desilusões amorosas são o que de menos interessante há para ver aqui. esta imagem resume aquilo que me agarrou: a total passividade atrás do balcão. compreendo a espera pela hora de 'despegar', para mim faltam 30 minutos.
João | 18:03 |
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_ terça-feira, janeiro 03, 2006 _diz-me aqui o gerador automático de resoluções de ano novo que para 2006 ontem estava a fazer zapping e apanhei a Maria Filomena Mónica a dizer qualquer coisa sobre Inglaterra e os níveis de literacia mais não sei quê. passei à frente, até à SIC Gaja, para 'O Sexo e a Cidade'. a Samantha estava numa de cenas lésbicas com a Sónia Braga. hoje descubro que o Boaventura também estava presente na RTP. a Maria Filomena Mónica e o Boaventura Sousa Santos partilharam o mesmo espaço no Prós e Contras. se soubesse, entre a dupla Samantha & Sónia-Braga e Maria-Filomena-Mónica & Boaventura-Sousa-Santos, acho que tinha preferido esta última. será que estavam do mesmo lado? tenho a certeza que a MFM era do contra (contra o Boaventura). fonte. João | 11:55 | 2 comments_ segunda-feira, janeiro 02, 2006 _vou dar a novidade em primeira mão: aquela coisa do não fumo mais (número verde 800 100 500), estabelecimento pelo qual passo todos os dias no caminho para o trabalho, aqui em Campo de Ourique, alargou o espectro de mercado e cumpre agora novas funções:
João | 14:13 |
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- fumar nunca mais - engordar nunca mais - insónias nunca mais note-se que sexta-feira passada as letras azuis no vidro do estabelecimento assinalavam somente o fumar nunca mais. adoraria ganhar a vida à custa das resoluções de ano novo do cidadão comum, mas suponho que estou desse lado precisamente, e não do lado das ideias geniais e espírito empreendedor. paciência. mas sim, estou um bocado desiludido com a vida porque acendia sempre um cigarro quando passava pelo primeiro slogan, e vou deixar de o fazer com o mesmo prazer. a inclusão destas novas linhas de combate destruiram parcialmente a total falta de sentido da coisa. aliás, a coisa não só ganhou sentido, como percebo que existe todo um potencial de 'nunca mais' a desenvolver. há o monopólio dos 'nunca mais' para conquistar, há o Peter Pan psicótico e a Neverland total. sugiro novos mercados para 2007: - packs de chocolate snickers nunca mais - ser simpático com pessoas que não são simpáticas nunca mais - adormecer de manhã nunca mais - casacos largos nunca mais - bolos ao pequeno-almoço nunca mais - Santana Lopes nunca mais - falar com a família sobre perspectivas laborais nunca mais - diospiros nunca mais vive nas redondezas todo um vasto grupo de pessoas desapoiadas à espera de uma mão amiga. quando acordei no dia 01 apeteceu-me fazer uma playlist tontinha. _ domingo, janeiro 01, 2006 _(o poema que segue em baixo chama-se 'memória fotográfica') |
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