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_ quinta-feira, dezembro 30, 2004 _


A RTP passa hoje (22h45m) o filme "Tempestade".

João | 13:19 | 4 comments

_ segunda-feira, dezembro 27, 2004 _


A Marta recebeu um paninho com os cantos bordados. A minha prenda-enxoval foram duas canecas de café.
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A banda sonora natalícia foi o disco da Annie. Gosto dos singles:
"Chewing gum"
"Me plus one"
"Heartbeat" (pop perfeita)
"Helpless fool for love"
"No easy love"


Ms. Berge-Strand (Annie to her friends and the record-buying public) believed that her debut record would have been released years ago, but fate intervened when her musical and romantic partner, Tore Korknes (Erot), died in 2001 from heart complications at the age of 23.
"Heartbeat"???
Gosto da expressão "heart complications". O Pedro Mexia escreveu uma coisa engraçada sobre o coração. Cito: O coração? É um músculo a que se atribuem frases foleiras. É a víscera kistch. Algo que está dentro e fora do peito. Em criança, por alturas do 5º ou 6º ano, uma das minhas grandes preocupações era desmontar a ideia de que o coração era um coração (o ícone vermelho das duas meias luas).

João | 23:37 | 1 comments

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A ciência nenhuma outra coisa é que o conhecimento claro de muitas verdades, umas em si, que são os princípios, e outras que delas se seguem, que são as conclusões. E aqueles que não têm docilidade, - como são os tenazes do próprio juízo, e ferrados à sua opinião - ainda que a verdade se lhes represente, não são capazes de a receber. Por isso estes tais cada vez sabem menos, e todas as vezes que a opinião passa a erro, perseveram nele.
Padre António Vieira, via Abrupto.
João | 23:10 | 3 comments

Existe coisa mais irritante do que a atitude do "Tenho uma coisa gira para contar. Depois conto!"?
João | 22:14 | 0 comments

_ quinta-feira, dezembro 23, 2004 _


O Natal.



Sinto que estou a vencer o trauma do Natal. Porquê? Porque da interminável lista que aos 18 anos tinha contra o Natal, restam-me agora apenas quatro pontos (que espero conseguir vencer nos próximo anos). A saber:
1. As pessoas que se queixam do lado excessivamente material. Nunca percebi esta. O lado material é o melhor lado do Natal, aquilo que no fundo torna tudo o resto suportável! Até agora, já recebi o livro "Fora do Mundo", compilação de textos do Pedro Mexia no Dicionário do Diabo, uma BD do Tom of Finland (que acho que não dá para pendurar na árvore de Natal...), e uma compilação caseira com os melhores singles do ano (ainda melhor que o Now 11).
2. Ferrero Rocher. Detesto. Porque é que as pessoas, quando procuram uma "prendinha", optam sempre pelos Ferrero? Será do dourado, que atrai mais? Une cerise à la liqueur enrobée dans une coque de chocolat noir, s'il vous plait! A cadela da minha irmã (Pitucha) também prefere. Geralmente, sentamo-nos no sofá e encharcarmo-nos de bombons Mon Chéri. Ela acaba por ficar um bocado bêbada, e depois vem a fase da sede. E toda a família se ri. Só há um pormenor em que tanto os cocolates Mon Chéri, como os Ferrero Rocher, são adoráveis. É o facto de nunca actualizarem as campanhas publicitárias. Natal após Natal, é sempre o mesmo anúncio. Delicioso.
3. Frases cliché. Sobre a paz, a fome, a pobreza, "os valore fundamentais", etc. Hoje, quando levantei 10€ de manhã, o slogan da publicidade no Multibanco era "a magia de um sorriso". O ano passado, a sms-mais-pateta vencedora foi qualquer coisa como "a exaltação dos valores fundamentais do Natal". Era qualquer coisa assim, que incluía esta expressão. Foi um amigo que ma enviou, a gozar com quem lha tinha enviado.
4. Os meus primos. Detesto-os, mas tenho de gramar com eles sempre que passo o Natal com a família materna.
João | 13:24 | 2 comments

1. Comprei hoje um cinto que é wonderful electric.

2. A lista de singles 2004 da Pitchfork legisla.
E acrescento: adoro este novo conceito de ser alternativo / indie. Em verdade, os conceitos "alternativo" e "indie", primeiros rótulos a que aderi quando o meu amor à música estabilizou, morreram com a passagem do milénio. Faziam sentido na década de 90, quando existia a arrogância de ver superioridade na música séria e infeliz. Basta pensar nas bandas mais emblemáticas: Portishead, Nirvana, Radiohead... Isso mudou. O jovem indie de hoje abana a anca ao som da Beyoncé, sem culpa nem remorsos, e no mesmo dia adormece a ouvir os Low. Alternative youth is dead! Ainda bem.
João | 11:28 | 13 comments

_ quarta-feira, dezembro 15, 2004 _



Quand je ne dors pas
La nuit se traîne
La nuit n'en finit plus
Et j'attends que quelque chose vienne
Mais je ne sais qui je ne sais quoi
J'ai envie d'aimer, j'ai envie de vivre
Malgré le vide de tout ce temps passé
De tout ce temps gaché
Et de tout ce temps perdu
Dire qu'il y a tant d'êtres sur la terre
Qui comme moi ce soir sont solitaires
C'est triste à mourir
Quel monde insensé
Je voudrais dormir et ne plus penser
J'allume une cigarette
J'ai des idées noires en tête
Et la nuit me parait si longue, si longue, si longue

La nuit, oh la nuit n'en finit plus
Oh oh oh oh, oh ! la nuit ne finit plus
João | 23:26 | 4 comments

Este fim-de-semana saí com a minha irmã e os amigos. Eu tenho 23 anos, ela tem 18.
Foi engraçado notar que, na amostra a que tive acesso, e comparativamente, a sua geração tem mais sexo, mais dinheiro, mais liberdade. no geral, uma espaço muito mais alargado para construir uma identidade, principalmente no nível sexual. E a minha irmã não pertence a nenhum tipo de elite social ou económica. O que me leva a pensar que ficar em casa dos pais até mais tarde pode também ser um sinónimo de conforto com o espaço de afectos e liberdades com que cada um cresceu. Não obstante, a minha irmã é heterosexual e cresceu numa família heterosexual.



A minha família são os meus amigos, onde a minha irmã também se inclui.

João | 22:00 | 4 comments


Tu, eu e um cigarro.
João | 21:19 | 3 comments

(o sistema de comentários não funciona, desculpem... já mudei para o sistema do blogger, mas acho que não dá para comentar nada nos posts anteriores a este...)
João | 12:29 | 2 comments

_ quarta-feira, dezembro 08, 2004 _


Foto-Biografia (de um feriado)



Nothing can come close
To this familiar feeling.
João | 23:32 | 0 comments

I'm not Cat Power free.

Há coisas que ouço muitas vezes mas que se esgotam, outras a que não dei muita atenção e que me surpreendem no ano seguinte. O valor das coisas é relativo.
Em todo o caso, se houvesse um Top meu para 2003, o disco que ocuparia a primeira posição seria "You are free" da Cat Power. É um disco a que não volto muitas vezes, mas quando o faço é para me envolver completamente - tenho uma relação quase física com a voz dela.


Coisas boas de 2004: Xiu Xiu, Feist, Scissor Sisters, Björk, Nouvelle Vague,... Quando vir listas dos melhores nos jornais e blogs lembrar-me-ei de outros, e então tentarei fazer a minha lista de melhores discos. Mas o último candidato a ser o meu disco do ano 2004, entrando mesmo este fim-de-semana para a lista, é este:


"No mercy for she", a música que abre o disco, é estarrecedora.
João | 08:57 | 0 comments