há um filme do Abel Ferrara, Os viciosos, no original The adiction, onde o vampirismo não é sobrenatural. gosto muito da última cena: a vampira é uma estudante de filosofia e no dia em que acaba a tese convida o júri para uma festa; o júri aparece, quando toda a gente se está a divertir ela tranca as portas do apartamento e começa a arrancar pescoços.
o Abel Ferrara usa o vampirismo como metáfora. eu gostava de ver mais filmes sobre vampiros que não fossem do género sobrenatural, mas nos filmes que eu gostava de ver o vampirismo não serviria de metáfora para nada. apesar de matarem e precisarem de sangue humano para viver, os vampiros seriam bons de um ponto de vista moral. iriam ao cinema, fariam sexo, etc. a sua dimensão sobrenatural seria revelada apenas quando fizessem sexo. não consigo explicar melhor, acho que é uma ideia complicada, ou então uma ideia má. assumindo que a ideia é má, isto podia ser uma soap opera (a cover dos Sonic Youth para o Into the Groove da Madonna seria a música do genérico).
explico a minha ideia por imagens.
João | 21:05 |
3 Comments:
os meus primeiros sonhos de teor sexual envolviam vampiros.
(eu não disse isto)
most of mine still do.
Acho que, no fundo, todo o acto sexual é vampirismo. Nem sempre o vampiro é o vilão nem a presa é a vítima.
Tb gostei da forma como o Abel Ferrara abordou esse tema. Adorei a Lily Taylor e as referências a Nietzsche (que eu desconfio que era vampiro).
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