durante o cigarrette break
os meus lavatórios futurócoiso preferidos são aqueles em que para accionar a torneira é preciso pisar uma mola no chão. é uma interface palerma, mas não posso deixar de estimar invenções como esta. tenho dito.
pensei nisto enquanto olhava para os meus próprios pés durante a pausa laboral. mas esta observação não me ocupou o pensamento muito tempo, passei então para os problemas existenciais, assunto bem mais apropriado para cigarros. a minha teoria: se os problemas existenciais não podem ser resolvidos, haverá sempre uma compensação de ordem prática que nos afaste dos problemas existenciais. persistiu apenas a impressão de que a maior parte das compensações tem um carácter temporário, mas não dei demasiada importância a esse pormenor. a hipótese da resolução dos problemas existenciais alegrou-me, fiquei com as forças retemperadas. no entanto, à medida que ia pensando na minha teoria, descobri que a sua simplificação se resume ao dia-a-dia de toda a gente, e fui ficando melancólico.
ninguém é só infeliz (o que, sendo uma compensação, não é lá grande coisa).
João | 01:10 |
1 Comments:
Posso estar a dizer um grande disparate, mas por vezes penso que a felicidade/infelicidade é algo consciente.
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