metáforas
Consegui ler nestas mini-férias o livro "Sangue do meu sangue", de Michael Cunningham. A fórmula (generalizando a fórmula) do Michael Cunnigham consiste em periodicamente distribuir picos emocionais pelo romance, de forma a manter o interesse do leitor, sendo que esses "picos" são sempre momentos catárticos, onde se abusa de sentimentos e emoções, e de metáforas para descrever sentimentos e emoções. Pessoalmente, acho que uma metáfora pode fazer muitas coisas boas por um texto, mas convém não abusar. O Michael Cunnigham abusa.
O penúltimo livro que li foi uma biografia/diário de um bailarino russo do princípio do século (don't ask). Numa das entradas do diário, o bailarino escreve que o que procura num romance não são os romances, mas a verdade. Eu concordo de uma maneira que me faz preferir escritas secas.
João | 18:22 |
2 Comments:
Mas o do Cunningham vale a pena?
Vale a pena. Mas às vezes é muito evidente a técnica dele, porque todas as personagens têm momentos de catarse, à vez, para manter o interesse, e usam-se aquelas metáfora tipo "os objectos explodem" e assim... lol. mas sou eu que embirro com metáforas mais do que as outras pessoas.
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