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_ segunda-feira, setembro 06, 2004 _


Gosto de ler a "Nova Gente" quando regresso à terrinha – leia-se “onde vivi até aos 18 anos”. Apesar de, em teoria, ler textos sobre a vida privada (ou em muitos casos mesmo pública) das pessoas pareça desinteressante, a verdade é que comungo com a minha tia o mesmo fascínio sórdido pelos ricos e famosos. Os portugueses são um bocado idiotas, mas os estrangeiros, como não dão entrevistas, são engraçados. “Olha o Ewan Mcreggor a passar férias numa praia. Que querido, tem um coração vermelho tatuado no braço.”; “O Jude Law separou-se da mulher? Oh, coitadinho...”; “A Cameron Diaz ganhou 500000€ à hora para dar voz à Fiona. Uau!”.
Mas isto são só observações. O prefácio para o post, que foi motivado por uma troca de comentários entre a misshape e o corpo veloz.
As revistas cor-de-rosa, aparte o interesse daquilo que publicam, ultrapassam por vezes a linha da senilidade. Quando isso acontece, os artigos são deliciosos. Vou dar três exemplos. Uma vez li uma página inteira a dizer que uma filha de alguém (era essa a sua condição no artigo) tinha passado no exame de código. A ilustrar o acontecimento, uma fotografia de uma adolescente abraçada à mãe, as duas muito contentes ao pé de um carro. Isto não é lindo? Uma notícia na Caras sobre alguém passar no código?
Sobre a parte de os nossos colunáveis serem idiotas, a Nova Gente decidiu uma vez entrevistar o João Pedro Pais (eu andava no 11º ano), e a citação de capa foi esta: “Não sou possessivo, mas o que é meu é meu”. No comments, João Pedro.
Às vezes tenho pena de não ter coleccionado estes pedaços de papel desde o início. Na verdade, o que me fez lembrar de partilhar estas experiências foi ter visto numa papelaria uma publicidade antiga à Caras. A capa era assim: tinha uma fotografia do Tallon abraçado à Sofia, com a seguinte frase: “Sofia acabou o curso.” Parabéns Sofia!
João | 18:26 |