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_ sábado, setembro 25, 2004 _


A cozinha da infame casa onde vivo também serve para trocar informações à janela com os vizinhos. Sinto-me absorvido na vida da Dona Esmeralda e da Dona Genoveva - os nomes próprios prometem, não é?

João | 11:58 | 0 comments

_ quarta-feira, setembro 22, 2004 _


Eu que adoro o sol das manhãs de inverno, aquele frio mui luminoso que parece cortar a pele.

João | 15:08 | 0 comments

É bom ter carro. Durmo mais uma hora de manhã, e posso escolher a música no caminho para o trabalho - ontem ouvi a Kelis, hoje ouvi a Feist, a Feist é bastante anti-stress.

João | 14:30 | 0 comments

_ sexta-feira, setembro 17, 2004 _


Amanhã compro um carro.

Hoje os Spektrum tocam na minha hometown, mas não vou a tempo de apanhar transporte (se tivesse carro ia). Marta e MP, que tal foi ontem? Ó, eu gostava mesmo de ver.

"lubricate, me, penetrate, me, empregnate, me..."

João | 15:27 | 0 comments

_ quinta-feira, setembro 16, 2004 _


Na segunda-feira, um livreiro escreveu-me um comentário a propor um desconto na Almedina para um livro do Gore Vidal. A condição era ser giro. A minha resposta foi: “a condição é cruel”.
Mas movido pela curiosidade fui lá ontem disfarçado de cliente casual. Penso que o identifiquei comparando o nome do mail com a identificação que tinha na camisa. Perguntei: “Só têm livros do Gore Vidal pela Dom Quixote?” E ele: “Sim”. E eu: “Então não quero.” (*) Acabei por não revelar qual o propósito da compra, mas é provável que também tenha sido identificado.

No entanto, a ida não foi em vão, pelo menos para a loja, porque comprei um livro de textos da Agustina compilados pelo Pedro Mexia – “Contemplação carinhosa da angústia”. Já agora, a Almedina tem 10% de desconto em todos os livros (para os clientes em geral).

* - Acerca da Dom Quixote já reclamei num post antigo. Comprei um livro na Feira do Livro que tinha algumas páginas em branco.
João | 13:26 | 0 comments

_ quarta-feira, setembro 15, 2004 _


Hoje fiquei a trabalhar até mais tarde. No trabalho houve uma alminha que me perguntou qual era o meu blog, e eu disse que era privado. Estou cansado e um bocadinho deprimido.
João | 20:42 | 0 comments

Estou viciado no disco da Feist.
A Feist é uma canadiana desconhecida que se associou ao movimento electro em Berlim e gravou um disco em Paris que não tem nada a ver. Já teve uma banda com o Gonzalez e a Peaches antes das respectivas carreiras a solo - os Broken Social Scene.
Interessei-me pelo disco da Feist porque: a) já tinha ouvido uma música interessante num CD bónus da Les Inrockuptibles; b) tinha empatia pela figura (é muito fotogénica e tem o ar junkie-fashion que sempre quis ter na década de 90); c) confiava nas referências que trazia consigo (cantou nos concertos do Gonzales em fato-de-treino e é amiga da Peaches). Com tudo isto, estava à espera de uma terrorista feminista à maneira desta última, ou de uma electroclasher fluorescente.
Mas não.
O disco da Feist está mais próximo da... Norah Jones! É uma menina-TSF assumida. E neste caso, isso é bom. Muito bom. Tenho ouvido o disco sem parar. Cruza varios estilos, desde a soul ao country ao jazz, e cruza várias identidades, desde a PJ Harvey à Sade ao Frank Sinatra. Isto só para dar uma referência, porque o disco sobrepõe-se facilmente a estas evocações passadas algumas audições.
Ainda não está editado em Portugal, mas pode-se sempre sacar da Net, não é?



Feist - "Let it die"
1. Gatekeeper
2. Mushaboom
3. Let It Die
4. One Evening
5. Leisure Suite
6. Lonely Lonely
7. When I Was A Young Girl
8. Secret Heart
9. Inside & Out
10. Tout Doucement
11. Now At Least

E agora, algumas fotos:



João | 09:32 | 0 comments

Hoje era para postar um texto super pseudo mas não me dei ao trabalho de o escrever. Ontem foi a primeira noite fria depois do verão. Soube bem ter os pés quentinhos. Não custou nada a adormecer.
João | 09:21 | 0 comments

_ terça-feira, setembro 07, 2004 _



1. A música “Me and giuliani down by the schoolyard (a true story)”, dos !!!, é linda entre os 3 min. e os 4.50 min.
[Rita, tenho a certeza que vais adorar. Quando comprar (quero comprar) faço-te uma cópia.]
2. A colecção de homem da Zara é um déjà vu medíocre. Mas existem por lá uns cachecóis que me irão parar ao pescoço de certeza.
João | 17:37 | 0 comments

_ segunda-feira, setembro 06, 2004 _


Gosto de ler a "Nova Gente" quando regresso à terrinha – leia-se “onde vivi até aos 18 anos”. Apesar de, em teoria, ler textos sobre a vida privada (ou em muitos casos mesmo pública) das pessoas pareça desinteressante, a verdade é que comungo com a minha tia o mesmo fascínio sórdido pelos ricos e famosos. Os portugueses são um bocado idiotas, mas os estrangeiros, como não dão entrevistas, são engraçados. “Olha o Ewan Mcreggor a passar férias numa praia. Que querido, tem um coração vermelho tatuado no braço.”; “O Jude Law separou-se da mulher? Oh, coitadinho...”; “A Cameron Diaz ganhou 500000€ à hora para dar voz à Fiona. Uau!”.
Mas isto são só observações. O prefácio para o post, que foi motivado por uma troca de comentários entre a misshape e o corpo veloz.
As revistas cor-de-rosa, aparte o interesse daquilo que publicam, ultrapassam por vezes a linha da senilidade. Quando isso acontece, os artigos são deliciosos. Vou dar três exemplos. Uma vez li uma página inteira a dizer que uma filha de alguém (era essa a sua condição no artigo) tinha passado no exame de código. A ilustrar o acontecimento, uma fotografia de uma adolescente abraçada à mãe, as duas muito contentes ao pé de um carro. Isto não é lindo? Uma notícia na Caras sobre alguém passar no código?
Sobre a parte de os nossos colunáveis serem idiotas, a Nova Gente decidiu uma vez entrevistar o João Pedro Pais (eu andava no 11º ano), e a citação de capa foi esta: “Não sou possessivo, mas o que é meu é meu”. No comments, João Pedro.
Às vezes tenho pena de não ter coleccionado estes pedaços de papel desde o início. Na verdade, o que me fez lembrar de partilhar estas experiências foi ter visto numa papelaria uma publicidade antiga à Caras. A capa era assim: tinha uma fotografia do Tallon abraçado à Sofia, com a seguinte frase: “Sofia acabou o curso.” Parabéns Sofia!
João | 18:26 | 0 comments

Let's make a lobby


As pesssoas estão fartas da Björk, é a única explicação para tanta má-vontade com o novo disco. Têm aparecido muitas críticas boas, mas... continuam a existir outros a disco não diz nada - bárbaros!
Isto não é linear, porque me parece que a barbárie se baseia numa recente intolerância ao sotaque rrr, à voz infantil, aos espasmos vocais, you name it. O que até é legítimo, mas não é razão para dizer que o disco é mau. Não estamos a falar de nenhuma Dulce Pontes. Além disso, o disco é bom, pronto.
A verdade é que já havia uma corrente do contra, e, como o disco até é difícil ao primeiro contacto, fica toda a gente pela pré-opinião, o que é óptimo porque, se não se ouvir, a “opinião” não é influenciada. Não é influenciada pelo disco! Erro. Isto com a Björk não é assim. Como sempre, as canções desabrocham. O disco à quarta ou sexta audição já tem pelo menos oito músicas muito boas, e... surpresa!... bastante popes. A saber:
1. The pleasure is all mine
3. Where is the line
6. Who is it
8. Desired constellation
9. Oceania
11. Ancestors
12. Mouth Cradle
14. Triumph of a heart

João | 16:52 | 1 comments