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_ segunda-feira, novembro 03, 2003 _


Apesar de ser um bocadinho pateta, adoro o spot televisivo de promoção ao Bold.
É assim: dois homens encontram-se numa estação de comboios, cumprimentam-se com um abraço e há um que, não conseguindo resistir a qualquer coisa que o Bold deixou na roupa do outro, não o consegue des-abraçar, acabando o anúncio com um “deslarga-me pá!” por parte do abraçado.
Adoro este spot porque não só escolhe dois homens para publicitar um produto cuja essência é absolutamente doméstica, como centra a mini-narrativa em manifestações de afecto entre eles. É claro que o homem abraçado se vai mostrando gradualmente mais incomodado, mas penso que isso serve mais para realçar a singularidade do detergente com que lavou a sua camisola (as pessoas não lhe resistem) do que para moralizar o final da história. E a prova disso é que, quando o meu pai vê este anúncio, emite sempre um “pffff...” discreto. Isso põe-me cheio de vontade de comprar muitas embalagens de Bold, mas ainda não sou eu que lavo a minha roupa. É assim o mundo capitalista: primeiro nasce o produto, e só depois a necessidade.
João | 16:59 |