um amigo pop

gosto de música brasileira psicadélica. vou criar a tag musica-que-o-Devendra-Banhart-ainda-não-copiou para coisas assim:

alguém se lembra do mega hit da Corona e do video em que ela tinha o tamanho de uma roda gigante? para o caso destas referências fazerem parte de alguma memória nostálgica, deixo aqui a revisão indie dos Ex-Otago. se bem que a versão original é mais aperfeiçoada e tem tudo aquilo que gosto no tecno-xunga-europeu:
- o nome da música é cliché mas é uma expressão bastante sonante, como quase tudo o que ínclua the night. quase que fui ver aquele filme do "we own the night". é a mesma coisa com paixão. "ondas de paixão". etc.
- se o refrão é uma ideia de libertação pessoal, se for xunga é libertador a sério. como quem diz if you don't cry / it isnt' love, se não for ridículo não é libertador.
- tem aquela coisa do ta-ta-ta-ta-tan-tan-tantan
- a letra da música acaba com a nota: (repeat till fade)

parece-me que existem algumas semelhanças físicas entre o jovem Dustin Hoffman e o jovem Leonard Cohen, e então aproveito para acrescentar uma cover do "Suzanne" a este post. pode ser que alguém goste. tenho ouvido também a versão original, e comparativamente, penso que o Leonard Cohen e a René Marie são pessoas com um entendimento diferente do que é um perfect body:

And you think maybe you'll trust him
For he's touched your perfect body
with his mind.

(não queria omitir a ligação que se formou neste momento entre estas três pessoas)

fui à festa de aniversário da colecção Berardo. aparte considerações de índole social, foi a primeira vez que vi a exposição. é engraçado ver as obras da secção do minimalismo, que não sendo completamente desprovidas de qualquer coisa, evocam apenas uma vaga qualquer coisa, ou nada, e depois desembocar numa sala onde um quadro de 270x190cm tem sugestões suficientes para encher um livro de 200 páginas e ainda por cima com uma vaca no centro.