um amigo pop

1. Os !!! são uma banda rock que faz dance music.


2. Ando a despachar os livros que resistiram ao Inverno. Na verdade foram quase todos, a minha vontade de ler nos últimos meses foi diletante qb. Terminei o "Plateforme" do Michel Houellebecq (lê-se bem mas não gostei muito); "Fahrenheit 451" do Ray Bradbury; e "Gente de Dublin" com "Mala de senhora", livros de contos do Joyce e da Clara Ferreira Alves que achei bem combinar (e quem ler as crónicas desta última percebe a piada).

3. O emprego de Verão começa amanhã. Entretanto o IOL não está a funcionar e não consigo enviar mais CVs.

4. Não há luz no prédio. Ontem fui obrigado a adormecer sem ver uma imagem na televisão, sem ler uma página de um livro, ou sem ouvir uma canção pop. Foi estranho.

5. Depois de abandonar este computador, completo a rotina de sexta-feira à tarde, que adoro! Comprar o jornal Público, ir para a esplanada da Saraiva, pedir um café e um folhado de mel e nozes, ler o Y e fumar cigarros, ler as crónicas do Público e fumar mais cigarros. (Devia deixar de fumar.)

6. Adoro esta música:
I'm taking a ride
With my best friend
I hope he never lets me down again
He knows where he's taking me
Taking me where I want to be
I'm taking a ride
With my best friend

We're flying high
We're watching the world pass us by
Never want to come down
Never want to put my feet back down
On the ground

I'm taking a ride
With my best friend
I hope he never lets me down again
Promises me I'm as safe as houses
As long as I remember who's wearing the trousers
I hope he never lets me down again

Never let me down

See the stars they're shining bright
Everything's alright tonight

Comprei hoje o primeiro fato.
Ainda não sei o que ache de mim engravatado, mas ter um desconhecido a pôr-me gravatas (frente ao espelho) é excitante. Ainda por cima era casado.

Visita a Lisboa para duas entrevistas. Aproveito e envio mais currículos. Antes de almoço passo pela Fnac e não resisto a comprar o disco da Adriana Partimpim, mesmo que o saldo bancário esteja quase a zero. A Adriana faz uma versão da "Formiga Bossa-Nova", uma brincadeirinha da Amália. Diria que tenho uma natureza de formiga - tenho o instinto da poupança e reprimo impulsos de consumo. Mas tenho cartão de crédito e muita fome. Sou uma formiga com american express. O disco da Adriana é giro.
À noite combino cinema com a misshape e vemos o La mala educación. À escala do Almodóvar é um filme mediano, mas comparado com o mundo exterior é muito bom. A narrativa-mastrioska (inventei agora o conceito, é tipo histórias dentro de histórias) pode estragar o filme se contiver falhas. Mas não chega a estragar. O filme tem cenas muito bonitas. A cena da piscina é a minha preferida, e gosto do sexo.

Nas fases nihilistas, o melhor é chorar. Ou ir à praia. Acho que as pessoas que foram habituadas desde muito cedo a estarem um dia inteiro na praia, sem fazer nada, lidam melhor com as fases nihilistas. Estou a ficar com uma corzinha.