um amigo pop

nos dias em que posso preguiçar deixo-me estar entregue a esta imagem sem pensar em mais nada. a janela de velux, no telhado das águas-furtadas que habito, fica mesmo em frente à cama.
quando está muito vento a árvore oscila e parece que se agiganta, ao ponto de conseguir imaginá-la tombar pela encosta do Príncipe Real e entrar de permeio pela janela, destruindo o telhado e a mim próprio. fico nisto até não aguentar mais a fome ou a vontade de urinar.

this bed has seen it all

li "Persepolis", a BD auto-biográfica de Marjane Satrapi. gostei bastante e recomendo a toda a gente sem hesitação, principalmente aos adolescentes. lembrei-me muitas vezes de "O Principezinho" porque são obras com efeitos equiparáveis.

os telejornais estiveram hoje ligeiramente esquizofrénicos, indecisos entre a euforia do futebol e a euforia da escassez. há uma parte em mim que deseja que isto do sequestro de combustíveis continue - apenas para que as pessoas que afirmaram, em plena Lisboa, não saber como levar os filhos à escola no dia seguinte, descubram que existe uma coisa chamada transportes públicos.

não tenho conseguido resistir a "Rise above" nas últimas horas. é tão bonita. é uma cover dos Black Flag. a letra, um manifesto de inconformismo, não me diz muito nesta fase, mas consigo iludir esse sentimento e sentir-me realmente sensibilizado pela toada lenta, os acordes de guitarra, a voz e coros.
estou de férias.

All is full of love (Funkstorüng exclusive remix)


All is full of love (In love with Funkstorüng remix)

escapa-me o motivo pelo qual os Funkstorüng remisturaram a mesma música duas vezes, ainda para mais porque são as minhas duas remisturas preferidas de sempre (!). é muito estranho.
não sei o que faça relativamente ao concerto da Björk anunciado para o festival Sudoeste. a única coisa certa é ir ver o Dan Deacon. por causa disto, ou pelo preço acessível, ou pela fotografia guardada na pasta "boys" a 2007-06-14:

descobri esta sexta-feira que sei mudar o pneu de um carro com o mesmo espanto que há alguns anos descobri que sabia assobiar.