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_ quarta-feira, novembro 30, 2005 _



descobri o site da HEL LOOKS.













quase que fico com vontade de ir à Finlândia. seja como for, esta inutilidade obriga-me a retirar a camisola cor-de-rosa do armário. hoje. para a festa da Mondo Bizarre.

João | 15:10 | 7 comments

_ terça-feira, novembro 29, 2005 _


doem-me os lábios
não estou
a fazer
má poesia.

João | 17:53 | 5 comments


nesta cena, o poster afixado na parede pertence a um filme que não existia. era um projecto antigo de Almodóvar e vai ser a próxima obra a estrear.

li o breve diário que o realizador escreveu na sua página oficial. gostei desta entrada:
Oigo leer a Carmen, integrando mis indicaciones y siento que seguimos siendo los mismos de “La ley del deseo”, tengo que tocarme la barriga para darme cuenta que el tiempo ha pasado. Diecisiete años.
a Carmen é a actriz Carmen Maura, o fantasma do filme, que na sua versão final não se chama "La Abuela Fantasma" mas sim "Volver". o Almodóvar toca na barriga para sentir a passagem do tempo.
João | 11:22 | 3 comments

_ segunda-feira, novembro 28, 2005 _


não sei como é que num dia melancólico reuni tanta cor. isto está a ficar technicolor.

João | 17:19 | 1 comments

(post para as pessoas que habitualmente fazem pose para a Nikon E100, eu incluído. beware.)
a minha máquina fotográfica anda tão redundante ultimamente que estou prestes a fazer um manifesto: fotografar apenas pessoas com um papagaio em cada ombro. uma ideia que surgiu enquanto fumava o primeiro cigarro do dia e o 'Vespertine' rodava em plena Calçada de Carriche hoje às 9h23m.

I thrive best hermit style
With a beard and a pipe
And a parrot on each side



imaginem que isto é um papagaio.

João | 16:23 | 2 comments


.... ....



o meu fétiche cinematográfico são as piscinas.

João | 15:30 | 4 comments


estão a ver aquela cantora pop chamada Kylie? estão a ver o videoclip do 'Slow'? acho que é um dos melhores clips mainstream desta década que ainda vai a meio.
.
é uma dança, mas os bailantes permanecem deitados durante toda a música. em toalhas de praia. as toalhas de praia resultam num efeito gráfico interessante. os bailarinos a contorcerem-se sobre o fundo das toalhas resultam num efeito gráfico interessante. quando a câmara sobe aos céus e se vê uma malha geométrica de toalhas de muitas cores com pessoas lá dentro, tudo isto resulta num efeito gráfico interessante. é dança sexy contemporânea.
se retirássemos a artista, podia ser uma coisa para museu. como videoclip é genial.
.
eu quero uma t-shirt rosa-claro onde apareça escrito 'Kylie Minogue' na zona da barriga. não quero a Kylie ao peito, quero-a na barriga.
João | 14:24 | 5 comments

_ sábado, novembro 26, 2005 _


eu eu eu eu

não sei se tenho andado demasiado exposto a olhares de umbigo, mas ultimamente ando com pouca disponibilidade para a estética da intimidade no cinema. estou farto dos pequenos dramas.
apetece-me consciência social.

João | 14:03 | 4 comments

i s t o . é . c o n s c i ê n c i a . s o c i a l
João | 13:47 | 2 comments

_ sexta-feira, novembro 25, 2005 _


teoria #1
as pessoas desprendidas tornam-se atraentes porque nunca se tem realmente a certeza que gostam de nós. em parte gostamos delas por estarmos reféns de uma dúvida.

João | 19:28 | 8 comments

levo a mão ao bolso do casaco e descubro que tenho vindo involuntariamente a acumular os biscoitos de canela que o café Delta oferece.
espalho-os em cima da mesa e como todos de uma vez.

João | 14:12 | 5 comments

nota para o presente
não tentes nada em modo woodyallen.

João | 11:32 | 4 comments

_ quinta-feira, novembro 24, 2005 _



através de outro blog, chego ao jornal Times da Índia. a fotografia de primeira página no momento em que acedo ao site é esta, com a legenda: It's raining roses. Supporters shower petals at Nitish Kumar after his victory.
a estética da actualidade política na Índia atrai-me.

João | 15:40 | 1 comments

a propósito de outras conversas, pus-me a pensar nas boites (ou danceterias) que ainda resistem por Portugal fora, para os solteirões e solteironas, divorciados em busca de segundas núpcias, pares extra-conjugais e outros aventureiros da rambóia. espaços parados no tempo de glória das pessoas que os frequentam, agora com 50s-e-tais.
continuarão a existir quando todos formos velhinhos? o que me diverte é pensar se estarão parados nos tempos da nossa glória nessa altura. um sítio mal iluminado com bancos de pelúcia vermelho e espelhos na parede, no ano de 2050, a passar o 'Paranoid Android' dos Radiohead ou o 'Rape me' dos Nirvana ou o 'Don't I hold you' dos Wheat. soa-me bem.

Do you remember the first time?
I can't remember a worse time
but you know that we've changed so much since then
Oh yeah, we've grown.

ouvir esta no ano 2050 deve ser muito especial. help the aged.

João | 11:48 | 8 comments

este este este são os meus postais segredo preferidos da semana.

João | 11:37 | 0 comments

_ quarta-feira, novembro 23, 2005 _




six glasses of water


seven phone calls

if you leave it alone
it might just happen

João | 11:02 | 4 comments

fui ontem ver 'Elizabethtown'. é uma comédia romântica em formato playlist, aqui e ali com ideias de cinema acima da média, no geral não mais do que simpática. o par amoroso alinha pela mesma medida e também tem o seu quê de quase-bom: o Orlando pode ter um físico engraçado mas é um pão sem sal; a Kirstenzinha é fresca e simpática mas o sorriso perfeito não se aguenta muito tempo sem que se torne irritante. mas isto sendo um filme do Cameron Crowe, é claro que a música compensa a sensação de quase-bom.

de modos que pronto, a certa altura ouve-se o 'Don't I hold you' dos Wheat, e eu tive assim uma pequena epifania naquela cadeira. o que eu ouvi esta música em 2001..., era capaz de a pôr em repeat durante horas. se me pusesse a elaborar um top sobre as melhores músicas de break-up adolescente, a dos Wheat apareceria em segundo lugar com medalha de prata.

Don’t I hold you like you want to be held
and don’t I treat you like you want
and don’t I love you like you want to be loved
so why are you running away -
don’t I hold you like you want to be held


os Wheat faziam perguntas difíceis.

João | 10:30 | 8 comments

_ terça-feira, novembro 22, 2005 _



caríssimo Miguel,
acontece que eu curto bués as exibições de afecto entre dois gajos. mas repare que, por outro lado, fumo em lugares públicos, à revelia do bem estar dos não-fumadores presentes. na concepção do seu mundo politicamente incorrecto vs. politicamente correcto, em que coordenadas me situo? e será possível chegar a algum ponto de equilíbro? suponha por exemplo a hipótese de fumar o suficiente para criar uma nuvem espessa à minha volta - nesse caso é aceitável que dê umas beijocas e uns apalpões? e gestos públicos como ajeitar o colarinho ou pentear a franja a outro rapaz - serão afectos excessivos?
não tenho conseguido dormir muito bem com estas questões. peço que me responda com a brevidade possível.
o seu,
João

ps: ah, não quero que isto funcione a meu favor, mas já agora fique a saber que de momento também vivo em Campo de Ourique. vemo-nos por aí, vizinho. beijinhos!

João | 10:55 | 4 comments

_ domingo, novembro 20, 2005 _





descobri os The Fiery Furnaces. algumas soluções melódicas na primeira metade deste disco fazem lembrar os Pulp e, em dias de muito nevoeiro, o Marco Paulo. mas admito que a evocação dos Pulp seja polémica. seja como for, uma opinião é uma opinião.

João | 19:00 | 3 comments

- sorry about that
- it's ok


certo de que estava a acabar o filme com um grande cliché, o rapaz abdicou do seu papel dominante e inclinou-se para beijar a boca do outro - ainda bem, porque eu só gosto de filmes porno com espessura dramática.

João | 18:40 | 2 comments

_ sexta-feira, novembro 18, 2005 _


fui atropelado por uma rapariga de patins no Carrefour de Oeiras e lembrei-me de uma música dos Soul Coughing. quando cheguei a casa quis ouvir o 'El Oso', mas o disco estava a mais de 100km de distância.
I met a girl on roller skates / ... / I just love to feel like this / Roller Boogie Motherf**ker
('Houston')


ouvi muito este disco em 1999 porque foi o ano de escolher a licenciatura, ciências sociais ou matemáticas, e havia por aqui uma música que se chama 'So far I have not found the science'. o que obviamente me divertia. mas também gostava da 'Houston', pelo que passei por uma experiência dejá vu quando improvavelmente fui atropelado por uma rapariga de patins. não é só a música dos Smiths que nos prepara para a vida não senhor.


o Mike Doughty também bloga.

João | 11:33 | 3 comments

contra as minhas próprias expectativas, o último da Madonna é uma desilusão. embirro com a falta de personalidade do disco. o som evoca a espaços uma série de coisas - Goldfrapp, Daft Punk, festival da canção, euro-trash, etc. - mas a maior parte do tempo não é mais do que uma cópia dos Zoot Woman, que sem surpresa é a banda do produtor, Stuart Price.
ó Madonna, tu consegues fazer melhor do que um disco divertido e piroso para me acompanhar nas tarefas domésticas - ainda és a rainha da pop ou não?

João | 10:24 | 4 comments

_ quinta-feira, novembro 17, 2005 _


"Time (the revelator)" é um disco belíssimo de uma senhora cheia de classe. Gillian Welch. e contém aquela que é a música de hoje: I want to sing that rock and roll.

I want to sing that rock and roll.
I want to reach that glory land.
I want to shake my savior's hand.

I've been a-traveling near and far,
But I want to lay down my old guitar,
And I want to sing that rock and roll.
'Cause everybody been making a shout
So big and loud, been drowning me out.
I want to sing that rock and roll.
I want to sing that rock and roll.

João | 12:20 | 8 comments

recebi este fim-de-semana a primeira prenda de natal.

fui a Leiria o sábado passado (porque em Alcobaça não há Zaras), com a minha tia, e ganhei um casaco em antecipação natalícia. eu que já estava mais ou menos avisado tinha feito planos para um casaco à la Strokes, daqueles para calças de ganga coçada e sapatilhas All-Star.

mas... como transmitir este conceito a uma mulher de 52 anos que não vibrou com o revivalismo do rock?

a tensão

acumulava-se.

até que farto de gants burberrys e congéneres, e mais ou menos sufocado por um senhor com cara de quase sessentas também sem grande pinta de conhecer os Strokes, saiu-me a frase
    Sabe, eu queria assim um casaco mais justinho, que desse para ver o rabo.
e o embaraço na cara do senhor foi o ponto alto do meu fim-de-semana. mas a resposta da minha tia
    O casaco é para trabalhares.
foi proporcionalmente o ponto mais baixo. e acabei por aceitar um casaco para trabalhar. mas não sou eu, este casaco não sou eu. não sei onde pôr as mãos. não dá para ver o rabo.

i want to sing that rock and roll
i want to sing that rock and roll
i want to sing that rock and roll

João | 11:00 | 8 comments

_ quarta-feira, novembro 16, 2005 _


não é que precise de justificar, mas o post anterior não deve ser lido como se eu percebesse alguma coisa de arte. lembro-me muito bem daquele jantar em que quase fui espancado por ter dito 'pintor' em vez de 'artista plástico'.

João | 14:47 | 0 comments

continuando

e continuando nisto de fotografias e internet

a companhia Completely Naked tem um projecto worl wide web que consiste em recolher fotografias sob o tecto de um mesmo tema. a última recolha totalizou uma selecção final de 500 fotos, e a exposição, depois das galerias online, materializou-se em Londres na Campbell Works.
parece-me que estes trabalhos em comunidades web até podem ser um terreno fértil para coisas interessantes, porque excluem uma série de obstáculos existentes no mundo real: a burocracia, a expectativa, a formalidade, o currículo, a institucionalidade, etc. os resultados finais é que podem ser lixo. e neste caso, os resultados são sofríveis, mas isso também torna a coisa interessante (para mim).

o tema para esta última recolha era 'Intimidade'. 99% das pessoas que participaram sob o espírito da intimidade fizeram-no através de corpos nús, almofadas e lençóis, corpos a foder, corpos a dormir, jogos de sombra sobre a pele, olhares intensos, etc. tudo muito óbvio e ingénuo, portanto.
tenho a sensação de que o raciocínio escondido nestas coisas da auto-exposição, no mundo da arte, é mais ou menos isto: Eu ficava mal nas fotografias que a minha mãe tirava, mas quero mostrar agora ao mundo que sobre determinado ângulo e determinado filtro, a minha beleza invulgar vem ao de cima. o que ainda assim é mil vezes preferível a: Eu sou original e diferente. só não acho é que um pénis ou uma vagina representem qualquer tipo de intimidade. não serão mais símbolos de intimidade do que um nariz, por exemplo.
isto leva-me a uma coisa que me irrita um bocado nas artes actuais (música e cinema incluídos), que é confundir coragem com masturbação.

não deixa no entanto de ser uma boa desculpa para vermos corpos anónimos de todo o mundo (naked people get together!), e aliás, o próprio nome da companhia - Completely Naked - é significativo. se bem que no meio de tantos nús, a roupa torna-se sexy. vejam este rapaz aqui.



eu não sei o que é que isto tem a ver com intimidade (espero que não sejam os pés descalços), mas gosto. gosto de possivelmente todas as fotografias em que uma mão aparece a segurar um cigarro, e se a zona pélvica aparecer no enquadramento, oh boy!

deixo o link para quem quiser ver a exposição online (alguns corpos valem a pena) ou participar em próximas recolhas. para esta já não vão a tempo. de qualquer forma, não sei o que fotografaria sobre o tema 'Intimidade'. não consigo pensar em nada interessante. provavelmente acabaria por fotografar-me nú (não que isso seja interessante, mas eu arranjaria forma de o ser).

João | 14:17 | 5 comments

_ terça-feira, novembro 15, 2005 _


novo look para o amigo pop. get used to it.

João | 17:32 | 8 comments

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ando viciado em blogs internacionais cujos posts diários são feitos à base de fotografias. o voyeurismo alimenta-se do exibicionismo e a realidade alimenta-se da ficção - e eu leio as imagens como se fossem ficção. são entretenimento fácil, uma espécie de acesso frágil e filtrado a vidas que nunca me serão próximas.
promovo aqui os únicos dois blogs (farei novas adições qualquer dia) internacionais que figuram na minha coluna de links:

lovesick minor at nite

um rapaz de 21 anos, chama-se Leonidas, vive em Atenas. faz o tipo indiezinho por ser completamente intolerante e ter aquela concepção nazi do que é suposto ser cool. tem uma fixação por pornografia, outra fixação (estranha) por bonecas, e um namorado cuja anatomia está profusamente documentada ao longo do blog.

na foto o próprio Leonidas, não sei se a levar-se demasiado a sério ou a gozar consigo próprio.

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ghost fire

um rapaz de 18 anos, nome desconhecido, vive nos EUA, e virá ainda este ano estudar para Espanha. o blog quase não tem texto, só fotos.

na foto o rapaz em modo king of the mountain no dia de aniversário.

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vejo estes blogs todos os dias e fico triste quando não há novas fotografias. gosto disto porque me interesso pela raça humana.

João | 11:03 | 0 comments

_ segunda-feira, novembro 14, 2005 _


lavava as mãos e no espelho achei-me parecido com o professor de história do 12º ano. e então lembrei-me, um bocado chocado, do quanto idolatrava esse professor. ao ponto de, com 17 anos, aproveitar a mudança da graduação de lentes para comprar uns óculos iguais.
se há metas a que só chegamos quando já não é importante, este caminho terminou a semana passada.

João | 21:50 | 5 comments

este este este são os meus postais segredo preferidos da semana.

João | 18:05 | 5 comments

ganhei o penúltimo prémio do Euro-Milhões, mas o valor monetário a que tenho direito é inferior ao das pessoas que ganharam o último prémio.

João | 17:32 | 0 comments

disco do fim-de-semana


Quem foi Jesus Cristo?
Onde estão meus primos?

João | 11:19 | 2 comments

_ sexta-feira, novembro 11, 2005 _


e continuando no pimba, há uma coisa que acho admirável na Mariah Carey. ela consegue ter um colapso nervoso no último terço de todas as músicas que alguma vez cantou. neste aspecto, parece-me que o Jamie Stewart dos Xiu Xiu é o seu herdeiro natural.

aproveito ainda para dizer que sonhei ontem que a Teresa Salgueiro deixava os Madredeus e comprava a editora Kompakt, reestruturando a mesma para se especializar em discos de fado para turistas alemães.

João | 11:17 | 2 comments

shakespear

acho que nenhum opinion maker alertou ainda os portugueses, mas, outra das consequências de toda esta mediatização da pedofilia é que nunca mais veremos cantores-pimba com relações familiares assumirem-se como amantes. lembro-me perfeitamente do duo José e Ana Malhoa e do duo Nelo Silva e Cristiana, ambos pai/filha, cantarem músicas de amor conjugal. isto hoje pode parecer estranho.



Nelo Silva (a bater à porta) - Noc noc noc noc.
Cristiana - Quem é?
Nelo Silva - Sou eu.
Cristiana - O que é que você quer?
Nelo Silva - Você.
Cristiana - É tarde.
Nelo Silva - Porquê?


[ a cantora Cristiana entra num longo monólogo ]

Cristiana - Porque hoje sou eu quem não quer mais você! Esqueça meus sonhos, meu gosto, meus beijos e todo meu mundo. Fora, está tudo acabado, esqueça que eu vivo, que afinal para esquecer você tem experiência. Por isso fora, esqueça meu mundo, meu rosto, esta casa, e siga seu rumo.

[ o diálogo prossegue ]

Nelo Silva - Não consigo compreender.
Cristiana - Adeus.
Nelo Silva - Porquê?
Cristiana - Fora!

João | 10:40 | 18 comments

_ quinta-feira, novembro 10, 2005 _


uma nota para o futuro

cantar em voz alta, num bar trendy cheio de rapazes cool, aquela música nova das Sugababes com o verso "if you're ready [pausa] for me [pausa] boy", não te leva a lado nenhum. behave.

João | 11:27 | 2 comments

Carrie: I'm not going to replace a man with some battery-operated device.
Miranda: You haven't met 'The Rabbit'.
Samantha: Oh come on, if you're going to get a vibrator, at least get one called 'The Horse'.


...
as aventuras finais das quatro amigas do sexo e da cidade andam a passar na sic gaja. os capítulos "novos" continuam a entreter, embora seja justo dizer que isto fica desactualizado muito depressa. os problemas são os mesmos de sempre e para todo o sempre os mesmos, mas por exemplo, uma pessoa vê as reposições e pensa:
Oh, pobre Carrie, as relações humanas são tão complicadas, mas, rapariga, esse casaco com flores é tão marcadamente Inverno de 2002 que agora é impossível levar-te a sério. Ainda não sabes mas no final da série 4 vais estar muito melhor porque entretanto a moda das franjas chega em 2003. Things are getting better, cala-te.
quando o nojo da primeira metade desta década passar, esta série tão fashion-over-the-edge vai ser deliciosa, puro kitsch à la cenografia almodovariana, mas claro, teremos primeiro de passar pelo revival do grunge e da Courtney Love. até lá, acho que não terei grande vontade para as reposições das quatro amigas. tenciono comprar os DVDs em 2010.

João | 11:13 | 4 comments



este blog não virou, mas de vez em quando fico fascinado com certas caras, e de momento tenho a dizer que a Rachel Weizs tem uma das mais bonitas do cinema actual.
e sim, a Rachel Weizs é a tal que fez "A Múmia".

João | 11:08 | 3 comments

_ quarta-feira, novembro 09, 2005 _


Today is a birthday
They're smoking cigars
He's got a chain of flowers
And sows a bird in her knickers
Ohhh...


(os Sugarcubes continuam a ter a minha música preferida para a ocasião)

João | 15:13 | 3 comments

_ terça-feira, novembro 08, 2005 _


este este este são os meus postais segredo preferidos da semana.

João | 18:37 | 2 comments

dói-me a cabeça aos vinte e quatro anos e o são pedro está outra vez com as birras.

João | 16:14 | 3 comments

não conheço o processo e não faço ideia do que pesou na decisão do juiz no caso d' O incrível anormalzinho que conduzia sem carta e somou 60 autuações. mas o que me provocou um riso amargo foi o discurso do arguido na televisão, que basicamente se pode resumir à seguinte ideia: "sou normal, não posso ser punido". já o discurso do pai resumia-se a outra mais esclarecedora ideia: "o rapaz é normal, gosta de ouvir a Rádio Cidade delira com o tunning cospe para o chão fala muito alto casa-se para o ano, não nos estraguem a vida".
perigo, claramente à vista de todas as pessoas de bem. eu mandava-o prender.

João | 15:38 | 4 comments

_ segunda-feira, novembro 07, 2005 _


sobre os motins nos subúrbios da Paris de monsieur Sarko



deixo as considerações sobre a responsabilidade colectiva ou individual do que se passa para os especialistas. até porque esta força incontida interessa-me para lá das políticas sociais e económicas.
para mim são só pessoas que estão a viver um estado de euforia, uma ilusão. arrisco até a hipótese de que os motivos para tal estado já nem serão muito importantes. mas a euforia é importante, porque é uma resistência à depressão.

...
if you ever get close to a human, and human behaviour

João | 12:42 | 1 comments

isto ao vivo é outra coisa

There's never been such grave a matter
As comparing our new brand name black sunglasses
All these poses such beautiful poses
Makes any boy feel as pretty as princes
All these poses oh how can you blame me

And you said
Watch my head about it

(Rufus Wainwright - "Poses")


isto ao vivo é outra outra coisa

Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

(Mão Morta - "Tu disseste")

João | 11:38 | 8 comments

_ quinta-feira, novembro 03, 2005 _


clothe yourself for the winter

vejo programas sobre vida animal e choca-me a facilidade com que os seres vivos se entregam à ordem certa das coisas: as árvores florescem, as tartarugas correm para o mar, os leões comem carne.
outros enterram-se no chão e dormem o inverno inteiro.


o meu corpo quer hibernar. só isso explica a ingestão compulsiva de biscoitos caseiros com nozes e passas e pinhões lá dentro, chocolate, chá maçã/canela, baba de camelo, outras porcarias. vou ficar um pote.

...
Antony - "The Lake"

João | 17:16 | 2 comments